O Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável da Serra Gaúcha (CISGA) juntamente com o Instituto de Saneamento Ambiental da Universidade de Caxias do Sul (ISAM-UCS) deram sequência ao trabalho de elaboração dos projetos voltados ao desenvolvimento sustentável das comunidades regionais.

O Plano Municipal de Conservação e Recuperação do Bioma Mata Atlântica (PMMA) e o Diagnóstico Socioambiental para Delimitação de Áreas de Preservação Permanente (APP’s) foram temas de encontro com os representantes dos municípios de Antônio Prado, Fagundes Varela, Farroupilha, Flores da Cunha, Nova Bassano, Nova Roma do Sul e Vila Flores, que formalizaram acordos para a execução de um ou ambos os serviços. O evento aconteceu na quinta-feira (20) no Espaço de Cultura da Prefeitura de Antônio Prado.

O encontro decorreu de uma intermediação técnica entre o ISAM e o CISGA, que representa 26 municípios da Região da Serra com a finalidade de promover o desenvolvimento sustentável com foco na melhoria da qualidade de vida dos cidadãos.

A Engenheira Ambiental, Bianca Breda, e a Engenheira Civil, Geise Macedo dos Santos, do ISAM, apresentaram as etapas, com suas várias fases, e o cronograma de elaboração do Diagnóstico Socioambiental (DAS) e do Plano Municipal de Conservação e Recuperação do Bioma Mata Atlântica (PMMA).

O prefeito de Antônio Prado, Roberto José Dalle Molle, disse ser importante trabalhar de forma conjunta para resolver problemas que são comuns a todos os municípios. “É um trabalho que tem que ter continuidade pelas futuras administrações municipais, é muito importante que seja levado adiante”, frisou o prefeito.

Na mesma linha de pensamento, o diretor-executivo do CISGA, Rudimar Caberlon, salientou que as soluções das questões regionais devem ser pensadas de forma integrada. “A troca de experiências e de conhecimento possibilitam alcançar, de forma mais fácil, os objetivos que são comuns a todos os municípios,” afirmou.

A pró-reitora de Inovação e Desenvolvimento Tecnológico da UCS, Neide Pessin, lembrou que nunca foi tão oportuno falar sobre a questão ambiental pelo momento que o Estado e especialmente a região da Serra vivem em função dos transtornos causados pela instabilidade do tempo e pelo clima.

“A UCS, através do ISAM, não poderia se furtar de estar presente nessa proposta. Muito oportuno falar sobre isso e entre todos fazer as escolhas adequadas para a região. Vamos dialogar, trocar ideias, capacitar os municípios para superar as adversidades”, destacou a pró-reitora.

Para o diretor do ISAM, Juliano Rodrigues Gimenez, os planos devem ser construídos conjuntamente e dialogar entre si para oferecerem resultados que beneficiem toda a região. “Os planos, os diagnósticos devem partir dos municípios e o ISAM, além de ir a campo com os municípios para buscar as informações, auxiliará a escrevê-los e ordená-los. Também reuniremos, em momento oportuno, com os conselhos dos municípios para debater sobre o assunto”, adiantou o diretor do Instituto.

Os municípios deverão constituir comitês para trabalhar nos projetos e reuniões serão agendadas para dar sequência na elaboração do PMMA e do DAS. O ISAM também estará nos municípios para capacitação dos envolvidos na elaboração dos planos.

O Diagnóstico Socioambiental para fins de Nova Delimitação de Áreas de Preservação Permanente em Áreas Urbanas Consolidadas baseia-se no Código Florestal Brasileiro para delimitar as faixas marginais nas áreas de preservação permanentes dos recursos hídricos. Já o Plano Municipal de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica consiste em um instrumento de planejamento que visa à conservação e recuperação dos remanescentes do bioma, identificando os vetores de desmatamento e destruição da vegetação e áreas prioritárias para conservação e recuperação da vegetação nativa.