O Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável da Serra Gaúcha (CISGA), através do seu Diretor Executivo, Rudimar Caberlon, participou da FIEMA BRASIL que ocorre de 09 a 11 de maio no Parque de Eventos de Bento Gonçalves.
Na quarta-feira (10), Caberlon, foi um dos painelistas de videoconferência que tratou sobre a destinação e forma de aproveitamento dos resíduos sólidos, as tecnologias existentes e modelos de usinas de produção de energia já existentes pelo mundo e especialmente na Alemanha.
O Diretor executivo explicou primeiramente sobre a organização, as funções e objetivos do CISGA e em seguida focou sua apresentação sobre o Plano Intermunicipal de Saneamento Básico que prevê a sua execução em três fases:
Fase I – Já entregue em 23 de março, caracterizou os resíduos urbanos e compreendeu o período que o projeto foi executado nos laboratórios da UCS.
Fase II – visa implantar a usina experimental, com o objetivo de atender a legislação ambiental da Fepam/RS e validar os resultados obtidos na fase I do projeto.
Fase III – visa implantar a usina regional (em escala industrial) de geração de energia e produtos de valor agregado.
Caberlon, também falou sobre a Chamada de Seleção Pública que tem por objetivo estruturar o projeto de serviços públicos de saneamento básico na modalidade de manejo de resíduos urbanos que prevê a coleta, transporte, transbordo e destinação final dos resíduos, onde a Caixa Econômica Federal está aportando R$ 9,3 milhões, cabendo ao CISGA a contrapartida de 10% deste valor.
A videoconferência também contou com a presença do Diretor de Operações na Fundação Proamb, Gustavo Fiorese, da Gerente da envitecPro GmbH, Silvia Kohlmann, do Gerente da BN Umwelt GmbH, Frank Zörner, da Gerente da Dornier Group GmbH, Yvonne Groth e do Coordenador CPETS/TECNOVATES /Univates, Odorico Konrad.
Os representantes das entidades alemãs e parceiros da Proamb, que participaram do evento, apresentaram tecnologias, estudos e experiências desenvolvidos na Alemanha e consideraram que uma parceria com o CISGA seria um importante ponto de partida para o desenvolvimento de projetos na área dos resíduos urbanos.
O CISGA também esteve presente no 1º Simpósio Gaúcho de Recuperação Energética de Resíduos Sólidos Urbanos.
Na oportunidade os painelistas apresentaram estudos sobre a viabilidade de implantação de centrais de produção de energia através dos resíduos sólidos no Brasil e no Rio Grande do Sul, a viabilidade econômica, a legislação e projetos já existentes na Europa.
A avaliação geral dos painelistas aponta que a partir de tecnologias consolidadas a nível mundial é possível transformar resíduos sólidos urbanos em energia com eficiência apreciável e reduzindo consideravelmente a necessidade do uso de aterros sanitários. Além da redução significativa das áreas necessárias para acomodar esses passivos, a recuperação energética pode evitar o lançamento anual de milhões de toneladas de gases de efeito estufa na atmosfera.
No Brasil, grandes investimentos são esperados nesse setor nos próximos anos, trazendo não apenas a sustentabilidade e os benefícios descritos acima como também aumentos substanciais nos índices de reciclagem de materiais que, como observado em diversos países, crescem paralelamente à recuperação energética.