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13/01/2025

Implantação de biodigestores em escolas apresenta resultados ambientais e econômicos positivos

CISGA implantou 10 sistemas biodigestores em escolas de 05 municípios que fazem parte do Consórcio

Uma grande quantidade de resíduos sólidos orgânicos provenientes da merenda escolar é descartada diariamente, sendo destinada para aterros sanitários onde ficam sem nenhum aproveitamento, e ainda, nesses locais, existe a liberação de gás metano derivado do processo de decomposição dos resíduos. É importante compreender que o gás metano solto no ar agrava o efeito estufa, além de outros efeitos prejudiciais à atmosfera e ao ambiente. Estes resíduos poderiam ser reaproveitados se utilizados no processo de biodigestão, que ao fermentar, sintetizam um biogás natural que pode ser utilizado nas cozinhas das escolas para produzir as refeições dos educandos, e ainda gerar biofertilizante que pode ser utilizado na própria horta da escola ou para manutenção de áreas verdes das instituições.

Como forma de melhorar as atividades voltadas à educação ambiental, do mesmo modo que usufrui de energia calorífica e biofertilizante natural em próprio benefício nas dependências escolares, o Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável da Serra Gaúcha (CISGA) implantou 10 sistemas biodigestores em escolas de 05 municípios que fazem parte do Consórcio. Ao todo são beneficiados mais de 2.600 alunos.

A implantação dos biodigestores parte do projeto "Escolas Mais Verdes” e contou com recursos do Governo Federal através do Ministério do Meio Ambiente (MMA) para sua execução.

O MMA abriu edital, cujo foco foi a seleção de projetos de implantação de biodigestores em escolas públicas a serem executados por consórcios públicos e o CISGA foi contemplado.

Em Guaporé foram contempladas com os biodigestores a Escola Municipal de Ensino Fundamental Alexandre Bacchi, Escola Estadual de Ensino Fundamental Dr. Félix Engel Filho, Escola Municipal de Educação Infantil Mônica e Escola Estadual de Ensino Médio Frei Caneca. Em Antônio Prado foram contempladas a Escola Estadual de Ensino Médio Santana e a Escola Estadual Ulisses Cabral. No município de Santa Tereza a Escola Municipal de Educação Infantil Descobrindo Caminhos. Em São Marcos a Escola Municipal de Ensino Fundamental Antônio Pessini e a Escola Municipal de Ensino Fundamental Dom José Baréa. Em Garibaldi foi contemplada a Escola Municipal de Ensino Fundamental Valentin Tramontina.

No município de Santa Tereza, a diretora da Escola, Clarice Amélia Ben, disse que o biodigestor é abastecido diariamente com resíduos orgânicos produzidos na cozinha. Ela salientou que as crianças foram instruídas de forma a separar os resíduos corretamente.

“O gás, é usado durante o preparo das refeições aqui na escola, enquanto o adubo orgânico está sendo distribuído para algumas famílias testarem sua eficiência. Em continuidade ao projeto sustentável, neste ano de 2025 a EMEI Descobrindo Caminhos e a EMEF Rodrigues Alves, trabalharão com os alunos sobre a importância da separação, e destinação correta de resíduos e os benefícios obtidos com a instalação do biodigestor”.

Em Garibaldi, a diretora da Escola Municipal de Ensino Fundamental Valentin Tramontina, Silvia Teresinha Salvi Castanheiro, informou que o biodigestor está operando de forma eficiente, transformando os resíduos orgânicos em biogás e biofertilizante.

“A iniciativa foi muito bem recebida. Os alunos estão mais engajados em atividades de educação ambiental e compreendem melhor a importância da gestão responsável dos resíduos. A comunidade escolar também se mostra entusiasmada, entendendo os benefícios dessa tecnologia não apenas para a escola, mas para a sociedade como um todo, promovendo uma mudança de comportamento em relação ao descarte de resíduos.

No município de São Marcos, uma das beneficiadas foi a Escola Municipal de Ensino Fundamental Dom José Baréa. A vice-diretora, Rosa Leonardelli, informou que os alunos já estão inteirados sobre o funcionamento do biodigestor.

“Eles fazem processos dentro da sala de aula para entender como funciona o biodigestor para fazer a separação adequada, inclusive desenvolvem outros projetos ambientais com os professores, especialmente da educação infantil ao 5º ano.

“Como se trata de uma escola de campo, a maioria das crianças já tem acesso a esse tipo de armazenamento nas suas casas e eles sabem bem como funciona”, lembrou a professora.

Em Antônio Prado, a professora da Escola Estadual de Ensino Médio Santana, Alana Della Giustina Salami, responsável pelo projeto, informou que num primeiro momento as próprias cozinheiras abasteceram o biodigestor com os resíduos orgânicos, mas para este ano, com mais prática, os alunos também irão fazer parte do processo desde o abastecimento até colocação do biofertilizante na horta que já produz alface, tomates e temperos, bem como nas fruteiras. “A gente já está colhendo, digamos assim, os frutos do biodigestor”.

No município de Guaporé, quatro escolas foram beneficiadas.  Na Escola Estadual de Ensino Fundamental Dr. Félix Engel Filho de Guaporé, presidente do Conselho Escolar e merendeira, Neivair Strapasson, disse que além da questão da economia de gás, o biodigestor está servindo como ferramenta  para educação ambiental. Ela adianta que para 2025 está sendo projetada a construção de horta para aproveitamento do biofertilizante.

Ainda sobre economia, ela informou que a escola deixou de gastar na compra de, pelo menos, um botijão de gás  de 13 quilos por mês.

 

 

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