Em maior ou menor grau praticamente todos os municípios pertencentes ao Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável da Serra Gaúcha (Cisga) tiveram prejuízos causados pelas fortes chuvas da última semana que provocaram alagamentos e deslizamentos de terra causando mortes e interrupção de vias urbanas e rurais, rodovias estaduais e federais, além da falta de energia elétrica e desabastecimento de água.

Agora todos trabalham no sentido de recuperar o mínimo possível suas estruturas para dar uma certa normalidade aos municípios, seja na área da saúde, área de educação, no saneamento básico e no setor viário seriamente danificado pelo mau tempo.

No entanto, os prefeitos alertam para que as famílias que moram em áreas de risco evitem voltar para casa até que o tempo se estabilize novamente.

Bento Gonçalves, a exemplo de outros municípios serranos, tem tido um cuidado especial em retirar moradores de áreas que tenham risco de deslizamento. Segundo informações da prefeitura municipal, mais de mil pessoas foram resgatadas. O município contou com o apoio de equipes dos Bombeiros do Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia e Tocantins.

Ainda segundo a prefeitura, 15 frentes de trabalho com máquinas do Município, Daer, Dnit e com horas máquinas das entidades estão atuando na desobstrução de vias na área urbana e rural. Uma das frentes de trabalho atua em Linha Alcântara, uma das comunidades mais atingidas pela enchente e deslizamento de morros.

O município de Santa Tereza, atingido pela terceira vez em menos de nove meses por catástrofes naturais, sofreu novamente com a cheia do rio Taquari. A ponte de ferro que dava acesso às localidades de José Júlio e Linha Bento foi arrastada pela força das correntezas do arroio Barramansa, um afluente do Rio Taquari.

A prefeita da cidade, Gisele Caumo, disse que Santa Tereza vive o pior momento da história, superando as enchentes ocorridas em novembro e em setembro do ano passado. Além disso, graves deslizamentos foram registrados, o que provocou o agravamento da situação. 

Caxias do Sul, além dos transtornos na área urbana com alagamentos e retirada de famílias de áreas de risco, teve como foco principal a atuação nas localidades de Galópolis e Vila Cristina, onde deslizamentos de encostas causaram mortes e destruição de casas de propriedades rurais.

A Prefeitura Caxias do Sul trabalha no reparo de vias e redes de drenagem avariadas para possibilitar o tráfego de veículos e de pessoas o mais breve possível.

Em Vila Flores, máquinas pesadas trabalham na desobstrução da ERS 437, ligação entre Vila Flores e Antônio Prado.

Em Cotiporã, a ponte sobre o Rio das Antas, que liga o município a Bento Gonçalves, não está mais submersa, mas inúmeros foram os deslizamentos, impossibilitando, ainda, o tráfego pela Estrada.

Também houve estragos significativos nos municípios de Veranópolis, Nova Bassano, Farroupilha, Flores da Cunha, São Marcos e Guaporé.