O Presidente do Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável da Serra Gaúcha (CISGA) e prefeito de Farroupilha, Fabiano Feltrin, participou de reunião nesta sexta-feira (05) na prefeitura de Caxias do Sul com prefeitos e secretários de Saúde de municípios da região para tratar do custeio dos novos leitos do Hospital Geral (HG).

O objetivo foi mobilizar a região pela busca de recursos para possibilitar a abertura dos 83 novos leitos entregues na sexta-feira passada (28/04) pelo HG – os outros 35 já existem na ala antiga e serão transferidos, totalizando 118 na nova área.

A secretária Municipal da Saúde de Caxias do Sul, Daniele Meneguzzi, apresentou dados sobre a situação econômica atual da pasta no município e lembrou os altos valores investidos pela prefeitura para custear pacientes de outras cidades: 38% do Teto MAC (custeio de ações e serviços de saúde de média e alta complexidade ambulatorial e hospitalar, via SUS) recebidos por Caxias do Sul são destinados a pagar internações de pacientes de outros municípios. “São recursos que vêm do Ministério da Saúde para pagar internações, exames, procedimentos e que hoje são aplicados para pagar pacientes da região”, completa Daniele. Em sua explanação, ela apresentou a sugestão de custeio compartilhado entre os municípios atendidos por Caxias do Sul, de forma proporcional ao número de habitantes.

Alguns prefeitos e secretários de saúde presentes se pronunciaram sobre a necessidade de busca de custeio para os novos leitos do HG. Valdir Carlos Fabris, de Guaporé, disse que o problema não é só de Caxias. “Esse problema é de todos. É preciso compreensão e união”. Waldemar de Carli, de Veranópolis, manifestou que a reivindicação é justa, mas que o seu município não dispõe, atualmente, de recursos para colaborar no custeio.

O presidente do CISGA, Fabiano Feltrin, falou dos benefícios dos sistemas de saúde implantados e regulados pelo Estado para a fila de exames e cirurgias, mas também frisou o quanto é necessário agilizar seus andamentos para evitar o desgaste dos pacientes e familiares.

“Só podemos ter uma boa construção de políticas públicas com diálogo e união de esforços. E é o que estamos fazendo, somando parcerias para encontrar o melhor caminho para a solução”, frisou Fabiano Feltrin.